Capacidades de diagnóstico:
Amostragem de tecidos e análise histopatológica: A trefina endoscópica permite que os médicos obtenham amostras de tecidos de áreas profundas ou de difícil acesso do corpo, como cérebro, coluna vertebral ou medula óssea. Estas amostras de tecido podem fornecer informações valiosas sobre a patologia subjacente, auxiliando no diagnóstico preciso de condições como tumores, infecções, distúrbios inflamatórios ou malignidades hematológicas.
Visualização precisa de estruturas anatômicas: O endoscópio usado em procedimentos endoscópicos de trefina fornece imagens ampliadas e de alta definição de estruturas internas em tempo real. Essa visualização permite que os médicos identifiquem e avaliem anormalidades como tumores, cistos, malformações vasculares ou variações anatômicas com maior clareza e detalhes. Como resultado, os médicos podem fazer diagnósticos mais precisos e formular planos de tratamento direcionados.
Técnicas de biópsia direcionadas: A trefina endoscópica oferece a vantagem de um direcionamento preciso durante os procedimentos de biópsia. Com orientação de imagem em tempo real, os médicos podem navegar pelo endoscópio até áreas específicas de interesse e obter amostras de biópsia dos locais mais representativos. Esta abordagem direcionada aumenta o rendimento diagnóstico das biópsias, reduzindo a probabilidade de erros de amostragem e melhorando a precisão dos diagnósticos patológicos.
Intervenções Terapêuticas:
Ressecção tumoral minimamente invasiva:
Trefina Endoscópica permite a remoção minimamente invasiva ou não invasiva de tumores e lesões localizadas no cérebro, coluna vertebral ou outros locais anatômicos. Ao utilizar instrumentos e técnicas especializadas, os médicos podem acessar e ressecar tumores com precisão, ao mesmo tempo que minimizam o trauma no tecido saudável circundante. Essa abordagem reduz o risco de complicações pós-operatórias e pode levar a tempos de recuperação mais rápidos para os pacientes.
Dinâmica de fluidos e manejo de hidrocefalia: Em condições caracterizadas por dinâmica de fluidos anormal, como hidrocefalia ou certos tipos de cistos, as técnicas endoscópicas de trefina podem ser empregadas para restaurar o fluxo fisiológico de fluidos e aliviar os sintomas. Isso pode envolver a criação de novos caminhos para a drenagem do líquido cefalorraquidiano (LCR), a fenestração de cistos para promover a saída de fluidos ou a implantação de dispositivos para regular a dinâmica dos fluidos e manter a pressão intracraniana ideal.
Terceira ventriculostomia endoscópica (ETV): ETV é um procedimento neurocirúrgico realizado usando técnicas endoscópicas de trefina para tratar hidrocefalia obstrutiva. Ao criar uma nova via de comunicação entre o sistema ventricular e o espaço subaracnóideo, o ETV contorna estruturas obstruídas ou com mau funcionamento, como o aqueduto cerebral. Isto permite o desvio do LCR e alivia a pressão hidrocefálica sem a necessidade de colocação de derivação, reduzindo o risco de complicações relacionadas com a derivação e oferecendo uma solução mais fisiológica.
Fenestração e descompressão de cisto: A trefina endoscópica pode ser utilizada para fenestrar ou criar aberturas em estruturas císticas, como cistos aracnóides ou tumores císticos. Ao drenar o líquido cístico e descomprimir a área afetada, esta abordagem pode aliviar o efeito de massa, reduzir os sintomas e potencialmente facilitar tratamentos subsequentes, como quimioterapia ou radioterapia.
Colocação de stent e gerenciamento de shunts: As técnicas endoscópicas de trefina também são empregadas para a colocação de stents ou shunts no tratamento de condições como estenose aquedutal ou hidrocefalia pós-operatória. Esses dispositivos ajudam a manter a permeabilidade das vias de fluidos, regulam o fluxo do LCR e previnem o acúmulo de líquido intracraniano, melhorando assim os sintomas e reduzindo o risco de complicações associadas à hidrocefalia.